junho 3, 2019
Só é a história de uma mulher que por anos prepara o seu ultimo encontro com o publico. Ela divide a sua história para entender sua existência e o sentido de toda uma vida dedicada a arte da dança e da representação e é nesse ultimo encontro que alguém vai tomar seu lugar para continuar a sua história ou inventar uma outra.
O trabalho é uma reflexão sobre palavras e movimento. A partir da questão do desaparecimento e da continuidade surge uma brecha possível entre o espectador e a interprete. O interesse na relação das palavras junto com o movimento e a presença que vai desaparecer é conduzida por uma narrativa em que as fronteiras do teatro precisam ser borradas para que essa história se transforme em outra.
O monólogo/ solo – dirigido, escrito e interpretado por Denise Stutz conta com a colaboração da diretora Inêz Viana . Esse encontro levanta a discussão sobre o corpo e a palavra na atuação do ator e na performance da dança
janeiro 5, 2019
Sobre o que não Sabemos’ é joia rara e lapidada, ainda por cima (Péricles Vanzella )
Posted by Denise Stutz under UncategorizedDeixe um comentário
Em cartaz no SESC Copacabana, “Sobre o que não Sabemos” enfoca o trabalho do próprio grupo Roda Gigante nas intervenções artísticas realizadas em hospitais. A riqueza do espetáculo está, contudo, na capacidade de apresentar situações como um denominador comum de todas as relações humanas, em maior ou menor grau.
Não é difícil nos vermos em ocasiões que pensamos que nunca aconteceriam, e no entanto estão ali, na nossa frente. Ao mesmo tempo, outras completamente cotidianas adquirem uma identidade surreal na peça. É como se, através da sensação de estranheza, a encenação quisesse nos fazer refletir sobre como naturalizamos situações na vida, deixando de olhar para elas com atenção, ou com curiosidade, ou mesmo com o devido afeto. Foi essa a impressão que tive.
Organizada em pequenas cenas de conflito aparentemente independentes, “Sobre o que não Sabemos” é uma investigação da linha tênue que separa a loucura do habitual elevado à enésima potência, digamos assim. Com um tema que flerta com a imprevisibilidade (e, assim, com a comicidade) e com um formato que abriga o princípio fundamental do teatro, a encenação é um prato cheio!
Como agentes deste banquete, os atores exploram cada pedaço que têm à sua disposição. Nuances vocais percorrem do silêncio ao grito, partituras físicas transitam da imobilidade à dança, inclusão da plateia direta e indiretamente, tudo está ali.
Ao tematizar o que existe de universal nas relações humanas, a peça já se coloca em um lugar especialíssimo no quadro teatral carioca dos últimos anos, principalmente 2018. Para completar, a linguagem escolhida é aquela do teatro mais elementar, com espaço vazio e indumentária neutra, com atores que exploram as possibilidades infinitas do jogo da cena. Com este compromisso, “Sobre o que não Sabemos” consegue um equilíbrio sem igual, entre sugestão e afirmação, riso de canto de boca e gargalhadas compulsivas, despretensão e reflexão. Por fim, ainda nos lembram que são um grupo de palhaços, com homenagem no final.
julho 3, 2017
junho 19, 2017